
A pirataria não é pauta desconhecida para nenhum gamer que se preze.
Todos temos, já tivemos ou iremos ter uma barraquinha com discos a 10 reais na esquina de casa, a fim de abastecer os menos favorecidos de entretenimento eletrônico ilegal.
O chamado “comercio alternativo”.
É péssimo para o crescimento do mercado, pior ainda para o consumidor que não tem garantia nenhuma sobre seu “produto” e ainda diminui drasticamente a vida útil do console em questão. Um bem que muito provavelmente não será readquirido facilmente caso seja danificado neste tipo de realidade ilegítima.
Estejam certos de que existe hoje um número enorme de profissionais da tecnologia que trabalham avidamente para descobrir novas formas de deter a distribuição criminosa dos games e ainda proteger sua propriedade intelectual. Entretanto, cada esforço bem intencionado possuiu um prazo de validade pré-determinado, tamanha é a genialidade destrutiva dos hackers.
Citando acontecimentos um tanto quanto recentes, desde o Homem-Morcego incapaz de planar nas cópias piratas de Arkham Asylum (bug “corrigido” pela comunidade alternativa em menos de 24 horas), até a delimitação do número máximo de vezes em que era possível realizar a instalação do título (como aconteceu com Spore), nenhuma atitude por parte da indústria conseguiu evitar de todo a ilegalidade sem prejudicar o consumidor legitimo.
A mais nova empreitada vem por parte da Ubisoft e a versão de Assassin’s Creed 2 para computadores. A empresa irá obrigar o game a se conectar permanentemente com o seu servidor para funcionar, no intuito de identificar a originalidade da cópia. Simplificando, sem uma conexão online estável, o jogador não poderá sequer iniciar sua carreira como arruaceiro juvenil na Itália renascentista.
Cobrar a ligação com a internet num título single player offline, além de não ser um atitude completamente viável, pode acabar se mostrando um tiro no próprio pé, distanciando o público alvo do produto.
Apesar dos indicativos de que a população mundial com acesso à rede tenha crescido mais de 380% nos últimos 10 anos, esta não parece ser a melhor maneira de resolver a questão.
Uma alternativa não tão rígida e que valoriza o sentimento de responsabilidade social dos consumidores vem da Nintendo com seu site anti-pirataria.
A empresa alerta os usuários sobre produtos falsificados, além de ter um espaço próprio para denúncias quanto a utilização indevida de sua marca e comercio ilegítimo de games e consoles.
Com a ajuda destas ferramentas a Big N têm tido sucesso em muitas de suas ações contra a pirataria.
O que necessita realmente de atenção é que o combate ao comércio ilegal tem de partir de dentro para fora. Por mais que a industria trabalhe em novas tecnologias dispostas a impedir que os games sofram com a distribuição criminosa, se o usuário final não reconhecer os males causados pela pirataria, os números desfavoráveis persistirão.
Conscientização antes da retaliação. A ideologia do “atire antes, pergunte depois” não funciona fora dos jogos de ação; apenas pensem nisso.
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