Segundo a própria Microsoft, o lançamento do Kinect deve causar mais estardalhaço do que qualquer outro acontecimento da indústria de games até então — incluindo os lançamentos de consoles. O anúncio veio por meio da entrevista à revista EDGE de Phil Spencer, chefe da Microsoft Studios, que afirmou que a empresa está investindo no lançamento desta plataforma mais do que nunca. Ou seja, o maior lançamento da história.
Spencer vai ainda mais longe, afirmando que o objetivo é vender mais unidades do que qualquer outro console em seu primeiro feriado de lançamento. E que o Kinect será o equipamento eletrônico mais comprado no final deste ano — equipamento eletrônico em geral, não somente no segmento de games.
Ele ainda revelou alguns números: sete mil lojas de varejo farão eventos de lançamento à meia-noite no dia do lançamento, algo maior do que a disponibilização do próprio Xbox 360. A única recusa de Spencer é de prever quantas unidades serão vendidas nos primeiros dias, já que afirma ter o objetivo de vender o máximo possível.
Mas a Microsoft já havia previsto, anteriormente, vendas de três milhões de unidades no quarto trimestre deste ano, e Spencer não nega essa previsão. No entanto, diz que o sucesso não depende somente de sua empresa, já que é necessário que os parceiros lancem bons jogos e que o marketing seja feito de maneira bem impactante.
Kotick diz que o Kinect é caro
Ainda na revista EDGE, Bobby Kotick — CEO da Activision e bem conhecido pelo envolvimento em inúmeras polêmicas — afirmou que o Kinect é muito caro. O executivo ressaltou que, dentre as novas tecnologias deste ano, o 3D é muito interessante e a nova plataforma da Microsoft tem potencial, mas que a empresa deve reduzir o preço.
Kotick ressaltou que o Kinect e o Move são excelentes para jogos de dança, por exemplo, mas que se o jogador quiser ser um astro do rock ainda é preciso ter uma guitarra, um microfone, ou outros acessórios do tipo. No entanto, se o novo periférico for interessante, a Activision irá apoiá-lo — já que, por exemplo, não é preciso criar um tapete de dança se a pessoa tiver o Kinect.
A título de comparação, o PlayStation Move custa uns 100 dólares, com apenas um controle. O Kinect custa uns 150 dólares — e, como bem sabemos, não possui controles. Para o brasileiro, tudo isso é bem caro independentemente de qualquer coisa, mas o periférico da Microsoft é 50% mais custoso do que o da Sony, o que é bastante — especialmente para quem ainda tem que comprar o console.
Sugando usuários de Wii?
É o que espera a Electronic Arts, segundo afirmação de Jens Uwe Intat — chefe de distribuição europeu da empresa. Segundo ele, a Nintendo trouxe públicos inteiramente novos aos video games, enquanto o Kinect e o Move devem atiçar o interesse dessas pessoas em plataformas mais potentes. Uma declaração controversa, já que o perfil dos usuários de cada plataforma já se provou bem diferente.
Embora o PS3 e o X360 possam fazer coisas que o Wii não pode, em termos de capacidade gráfica e de processamento, é muito mais provável que os controles de captação de movimento atraiam aqueles que já são donos das plataformas de alta definição e querem variar um pouco suas atividades. O caminho inverso requer, afinal de contas, um investimento considerável tanto em hardware como em software.
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