
A desenvolvedora Danger Close e a publisher EA decidiram renomear a facção Taliban para "Opposing Force" no modo de multiplayer do seu jogo de tiro em primeira pessoa Medal of Honor. A mudança foi motivada por controvérsias em torno das reações negativas de amigos e familiares de soldados que perderam a vida em conflitos no Oriente Médio. O assunto já havia sido notícia em setembro, quando o exército americano baniu o jogo das lojas da Gamestop em suas bases militares devido à inclusão da facção terrorista.
Segundo o produtor executivo Greg Goodrich, "esta mudança é em honra aos homens e mulheres do exército e para os familiares daqueles que pagaram o último sacrifício - a franquia nunca irá desrespeitar, de propósito ou de qualquer outro modo, as suas memórias e seu serviço".
Essa mudança de atitude repentina é uma surpresa, pois o próprio executivo-chefe da EA, John Riccitiello havia declarado anteriormente que o assunto era apenas uma comoção causada por jornais sensacionalistas. O produtor do título, Patrick Liu, também defendeu a inclusão do Taliban, argumentando que "é apenas um jogo".
É interessante notar a hipocrisia com que o assunto é tratado, pois historicamente, nesse tipo de jogo, é perfeitamente aceitável um soldado americano matar terroristas, japoneses, vietnamitas, nazistas, mas quando o contrário é possível em um contexto moderno, é uma ofensa às sensibilidades dos envolvidos. Mas seja qual for a motivação, a mudança é apenas uma questão de nomenclatura, pois visualmente a facção "Opposing Force" ainda é distintivamente formada por insurgentes do Oriente Médio.
Medal of Honor será lançado para PC, Xbox 360 e PlayStation 3 no dia 15 de outubro.
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